Voltei de Nanjing no domingo e já tava planejando ir pra lá na sexta-feira de novo, porque a Mari, uberlandense, companheira de AIESEC, de viagens, de faculdade, barzinhos e filmes ia chegar no sábado em Nanjing! Ah que felicidade!!
***
(Mas antes de falar sobre isso, tenho que abrir um parênteses pra contar que fui picada por algum ser desconhecido, e meu braço inchou, ficou vermelho e quente. Então fui num postinho médico e tomei injeção, soro, passei pomada e tomei um remédio. Se eu sei exatamente o que o médico receitou? Não! Mas a Sophie tava comigo, e depois que o médico receitou tudo, ela ligou pra amiga médica dela pra confirmar os medicamentos. Segundo eles, eram todos remédios bem simples. O importante é que estou bem agora!
Suspeito que tenha sido picada de marimbondo. Tenho fotos do meu braço inchado e foto minha na poltrona do postinho tomando o soro, mas não acho que elas são publicáveis! Ah, vocês precisam ver que na China tudo pode acontecer…)
***
Sexta-feira, dia 16/07: a gente sai do trabalho às 11horas, pega um taxi pra estação de trem, pára no McDonalds pra comprar um sanduíche, entra no trem no meio de milhares de pessoas, viaja uma hora, sai do trem no meio de milhares de pessoas, pega o metrô, troca de linha, sai do metrô, anda um pouco, carrega a mala no ombro e vai pro escritório do Peng, porque dessa vez a Cindy não tá em casa pra receber a gente.
Descansamos por lá, li um pouco do livro que eu tinha levado, e depois fomos jantar ali perto e depois do jantar fomos pra um Café, lindo com vários livros e revistas (em chinês), um cardápio com várias opções, e um ambiente super agradável. Senti falta dos amigos do Brasil. Depois buscamos as malas, e eu fui pra casa porque estava bem cansada. O resto do pessoal foi pra um outro lugar comer churrasquinho chinês.
Não sei se fui sem educação por não ter ido, mas eu realmente não tava afim e além disso no outro dia eu tinha que acordar cedo pra pegar um taxi e ir encontrar o chefe da Mari e uma colega de trabalho dela. Fui com eles pro aeroporto.
A Mari tinha me avisado que o avião chegava as 9:50, eu já sabia que demoraria 1 hora mais ou menos pra chegar no aeroporto. Então fiz os cálculos que eu deveria chegar no local combinado as 8:50. Mas eles me disseram que esse horário tava cedo, que eles iam sair as 9:20. OK, eu to de carona.
Chegamos no aeroporto e a Mari já tinha chegado. E a bandeirinha do Brasil que eu tinha levado nem foi usada. Triste.
Mas tudo bem, eu podia conversar em português, e compartilhar várias coisas com alguem que eu sabia que ia me entender.
Quais as chances de duas brasileiras, mulheres, amigas e uberlandenses se encontrarem na China?
Pois é, essa raridade ainda me impressiona!
Aí fomos deixar a mala dela no dormitório que ela vai morar, descansamos um pouco, ela me deu algumas encomendas que fiz pra família, comi Sonho de Valsa e quase comecei a dançar de felicidade, depois fomos jantar com algumas pessoas da empresa, a Sophie e o Peng.
Depois do almoço a Mari foi comprar um chip de celular, mas como o celular dela era bloqueado ela aproveitou e já comprou o celular também, foi a compra mais rápida que eu já vi! Depois fomos pra um café tomar café de verdade, depois pra um restaurante pra jantar, e depois pra um barzinho estilo ocidental! Estou só citando o que a gente fez, porque sugiro que visitem o blog dela pra saber melhor como foi o primeiro dia dela na China: Sorte no Biscoito.
No outro dia, convidamos a Mari pra dormir na casa da Cindy comigo e com a Sophie. No primeiro final de semana dela, ela ia economizar 70 yuan, acordando as 4:30 da manhã (é, de novo!)!
De novo, quando acordei, pensei: “Porque eu to fazendo isso? Pra que acordar tão cedo??” Mas aí comi uns chocolates, umas bolachinhas e já melhorei o humor.
Fomos no “The Ming Tomb”, o túmulo de Xiaoling, o lugar que o Imperador Zhu Yuan Zhang morou. Foi o Zhu que fundou a dinastia Ming (1368-1644). O lugar é considerado Patrimônio Mundial pela Unesco. Agora você entendeu porque é caro! Quem quiser aprofundar mais na história, entra AQUI.
Foi um lugar ótimo de se conhecer, e dessa vez acordar cedo compensou, porque é um lugar que não parece em nada com as igrejas ou monumentos ou lugares históricos do Brasil (ou o pedacinho da Europa que eu fui).
Subir uma escada gigante, no meio de uma montanha, e não encontrar nada lá em cima (só a continuação da escada pra descer), é um exemplo do que eu to falando. Além de várias outras coisas, como arquitetura, significado de cada coisa, grandiosidade do lugar, árvores e mais árvores, estátuas de animais gigantes, etc.
O lugar parece um grande parque além de ser a casa do Sr. Zhu, e uma das coisas mais interessantes que vi, foram os velhinhos chineses. Aham, eles andam de bicicleta, caminham, jogam badminton (mais ou menos igual peteca, só que usa uma raquete), e muitos me pareciam mais saudáveis que eu. É serio, e comentei com a Mari, no ocidente os velhinhos tem medo de andar sozinho na rua e tem sempre que tomar cuidado pra não cair no banho. E aqui, eles andam de bicicleta com a mair desenvoltura. Ainda vou pensar sobre isso e conto depois qual é o segredo deles.
Depois dessa manhã cansativa, voltamos pra casa da Mari pra descansar, saímos pra dar uma volta e já dei várias dicas pra ela!
Voltei pra Hefei de tardezinha, sem poltrona no trem pra sentar de novo! Depois ficamos mais meia hora em pé carregando a mala pra pegar um taxi! Mas até que enfim chegamos em casa, pra descansar e trabalhar no outro dia!
Ah, ainda bem que no outro final de semana eu não planejei viajar pra lugar nenhum!