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Antes de tudo preciso dizer que está muito quente por aqui.

E não basta fazer trinta e poucos graus, tem que ter humidade e nenhum vento. Resultado disso é um clima sufocante, quente, que faz qualquer um suar 5 minutos depois de tomar banho.
Liguem todos os ventiladores e ar-condicionados!
Assim como eu, muito chineses caminham até o trabalho. Sim, as 8:30 da manhã já estou suada.
Entramos no elevador lotado de gente (não vou descrever essa parte), e finalmente entramos para a sala, com ar condicionado e felizmente, geladinha.
Todo mundo do prédio faz a mesma coisa, e aí o que anda acontecendo frequentemente: acaba a energia. 10 ou 15 minutos depois, volta tudo ao normal.
Esses dias subi os 18 andares do prédio pelas escadas, e não morri.

Tudo isso pra contar que na última quarta-feira de junho, era quase 6 da tarde quando acabou a energia. Resolvemos não esperar, e nós, meninas, fomos todas comer churrasquinho/espetinho chinês num restaurantezinho perto do prédio.
Descemos os 18 andares de escada. E nem os santos estavam ajudando muito.

Ai resolvi tirar fotos pra vocês conhecerem como é o churrasquinho por aqui!

Antes dos espetinhos paramos pra comprar tofu frito...


Esse é o tofu frito. Gosto de óleo e pimenta. Não gostei!


O cardápio está ai, pode pedir o que quiser!


Salsicha, Cebolinha e outras carnes...


Berinjela e lula (eu acho). Parece feio e ruim mas tava gostoso!


As meninas!


Não ficou satisfeito? Você ainda pode pedir pimentão com pimenta!

Trabalho em um dos prédios do Fortune Plaza, um conjunto de 3 prédios comerciais.

Sábado passado eu e mais 5 colegas da empresa participamos de uma competição de boliche, organizada pela administração dos prédios. Todo mundo que trabalha ali podia se inscrever pra competir.

Fazia anos que eu não jogava, então ganhar nem estava nos planos. Fui pra me divertir mesmo. Quando cheguei percebi que ganhar seria impossível. O lugar inteiro estava reservado para a competição que foi mais organizada do que eu estava imaginando e ficou lotado!

Cada um recebia um número na entrada e esse número era correspondente a pista que a pessoa iria jogar. Homens e mulheres competiam separados.
Foram 3 rodadas de 10 jogadas. Cada jogada com 2 tentativas. Total de vezes que arremessei 10kg com a mão: 60.
Na primeira rodada fiz 69 pontos, na segunda 100 e na terceira 74.

Ganhei um prêmio de participação (assim como todo mundo): uma jarra de plástico com 4 copos.

Além disso ganhei um braço dolorido e uma unha quebrada.

Mas foi divertido! 😀

A 24a semana de 2010, pode ter sido umas das mais interessantes do ano até agora.

Primeiro porque teve um feriado na China, segundo porque foi a primeira vez que passei meu aniversário em outro país, longe da família e amigos. Tá, isso não parece nem importante, nem interessante. Mas vou contar.

O feriado foi quarta-feira, dia 16 de junho.
No Brasil, o normal seria descansar no final de semana anterior (sábado e domingo – dias 12 e 13), trabalhar segunda e terça (dias 14 e 15), descansar quarta, e voltar a trabalhar na quinta.
Mas aqui não foi assim que aconteceu.
Aqui eles trocaram o sábado e domingo com a segunda e terça. Ou seja, trabalhei no final de semana e assim tive 3 dias consecutivos de descanso. Até parece melhor desse jeito, mas não é. Trabalhar de segunda a domingo não é bom. Pensar que eu estava trabalhando sábado e domingo o dia todo, foi triste.

Mas tudo bem, eu me concentrava em ter 3 dias seguidos livres e aí eu ficava feliz de novo.

O feriado era pra comemorar o “Dragon Boat Festival”. é uma data comemorada em vários países da Ásia, comemorado no 5o dia do 5o mês do calendário lunar. É tradiçao comer Zongzi, beber um tipo de vinho e competir com ‘Dragon Boats’.

Pra conhecher a história por trás do feriado, clique AQUI.

Zongzi é feito de arroz e algum recheio (geralmente carne ou algo doce – feijão doce é uma das opções 😉 ), enrolado com folha de bambu e amarrado com barbante. Quando vi pela primeira vez, pensei: é a pamonha da China!
Detalhes importantes: tem bem mais arroz do que recheio, o arroz é bem grudado um ao outro. Igual uma pamonha mesmo, mas é menor e o formato é diferente também.

A parte legal desse feriado, foi participar na quarta-feira a tarde de uma competição entre estrangeiros promovida por uma escola de inglês onde estrangeiros dão aula.
Nós tinhamos que fazer zongzi. Quem fizesse o maior número em menor tempo, ganharia 1.000 yuan! OBA! Fui lá tentar.

Tinha umas chinesas explicando como fazer: “faça um copinho com a folha de bambu, coloque o arroz, pressione, feche com a parte de cima da folha, desse jeito aqui, tem que ficar em forma de triângulo, desse jeito, vire assim, assim, assim, pegue o barbante, segure uma ponta com a boca, enrole, enrole, de um nó e pronto.” Essa é a minha tradução, elas falavam em chinês e eu entendia as mímicas.


Tinha apenas 6 estrangeiros competindo, mas como fui muito perfeccionista com meus zongzis, fiquei em 3o lugar (junto com mais duas pessoas). O primeiro lugar ganhou 1.000 yuan, o segundo ganhou 800, os terceiros (3 pessoas) ganharam 500 yuan cada um.
Foi o dinheiro mais fácil que já ganhei, e ainda aprendi a fazer zongzi.

Depois da feliz e rica quarta-feira, fui trabalhar quinta e sexta. E pronto, tinha outro final de semana pela frente. E no domingo era meu aniversário.

Passar o aniversário longe de casa, tira um pouco da importância da data. Eu sei que não é importante pra você que tá lendo e nem me conhece direito, mas quero dizer que a data tem menos importância pra mim aqui, longe família e dos amigos. Entendeu?

Mesmo assim foi um dia ótimo, muito melhor do que eu esperava.

A Sophie, chinesa que mora e trabalha comigo, viajou no sábado, e deixou um presente e uma carta pra mim de presente. A carta é toda escrita em chinês e só pude entender o que a carta dizia quando ela voltou. Uma carta linda, mas eu preciso aprender o que está escrito pra ler sempre. Ela também mandou um arquivo de som, com sua voz gravada me desejando os parabéns, mas disse que não vai traduzir, que é fácil e que eu tenho que tentar descobrir. Hahaha.

Além disso ganhei presente da Joy, outra menina que trabalha comigo. E várias mensagens no celular e e-mail de parabéns!

Pra comemorar saí pra um barzinho no sábado (é, pro Kim`s bar) e depois ainda fomos pra outro bar-balada. Foi bem divertido, os gringos cantaram parabéns, e outras musiquinhas em inglês pra comemorar!

Exemplo de uma músiquinha fofa que um coral de gringos bêbados cantou:
“You are my Gabi, my only Gabi
You make me happy when skies are grey (when skies are grey)
You’ll never know dear, how much I love you
Please don’t take my Gabi away.”
😀

Domingo falei com a família na web, eles cantaram parabéns pra mim e fizeram eu apagar uma velinha! Mas não pude ve-los por muito tempo na câmera porque meu msn tava dando erro.
😀 Obrigada famíliaaa!

A noite fui jantar no Happy Panda, restaurante do Hilton Hotel aqui! Nossa é excelente, 165 yuan por pessoa e comida a vontade, pena que temos só um estômago. Comida japonesa, indiana, americana, macarrão, carnes, saladas, sobremesas… a vontade!!

Foi um dos meus melhores dias. Obrigada a todos que participaram dele!!

Como faz muito tempo que não posto nada (e já recebi reclamções), resolvi escrever um post com as atualizações das minhas últimas atividades.

Fui em uma churrascaria brasileira!

A ideia inicial era todo mundo da empresa ir comer pizza junto em algum lugar. Mas parece que a ideia não agradou muita gente.
Até que meu chefe disse: Ouvi falar que tem um restaurante que serve churrasco brasileiro, porque a gente não vai lá?

Adorei a ideia!! Mas confesso que esperava um restaurantezinho feio, servindo carne ruim no espeto.

Procuramos o endereço e saimos em busca da churrascaria!

Primeira boa impressão: o restaurante fica dentro de um hotel cinco estrelas.
Segunda boa impressão: dá pra sentir o cheiro de churrascaria de fora do restaurante.
Terceira boa impressão: garçonetes vestidas de verde e amarelo.

Pronto!! Já me senti em casa e abri aquele sorrisão.
Sentamos em uma mesa e fiquei de frente pra uma televisão. Detalhe importante: tava passando, com o som ligado, clipes de shows da Cláudia Leite, Ivete Sangalo, Zeca Pagodinho, Natiruts e outros.
Ah que incrível!! O ruim é que ninguém perto de mim conhecia e ninguém sabia cantar as músicas.

Mesmo se a comida fosse ruim eu já estava mais feliz! Mas pra minha surpresa, a comida era boa e tudo lembrava as churrascarias no Brasil: balcão com salada (e comida japonesa!), carnes servidas no espeto (coraçãozinho, frango, linguiça, picanha e outras carnes que não sei o nome mas que estava uma delícia!) e abacaxi com canela! Além disso tinha uma parte com vários tipos de sobremesas (o que é raro por aqui!)

Claro que tinha um pouco da China ali também: balcão com pratos chineses, os garçons não são frequentes e algumas carnes são diferentes, mas nada disso atrapalhou a comilança. Comi desesperadamente e muito!


Esse dia minha felicidade custou uns 150 yuan ou 40 reais (comida a vontade + vinho), e quem pagou tudo foi meu chefe. Nem tenho palavras pra agradecer.
Com certeza tenho que voltar lá mais vezes!!

Fui comer pizza pela primeira vez na China!

Um colega da empresa que me convidou pra ir comer pizza no almoço com ele. Era um restaurantezinho chinês, escondido no centro da cidade, bem arrumadinho e bem decorado. A pizza é parecida com a aquelas da Pizza Hut, mas é menor, por isso pedimos 3 sabores diferentes. Também pedimos uma salada de frutas, mas o estranho é que eles colocam maionese por cima (como se fosse um molho que combina com frutas).
Foi um almoço bem mais caro que o normal (ficou uns 50 yuan pra cada um e eu geralmente almoço com 10 yuan). Mas como eu era convidada quem pagou foi meu amigo.

Fiquei 2 horas passeando em um supermercado!

Eu já falei que os supermercados aqui são super divertidos né? Adoro ficar passeando pra ver o que eles vendem e como fazem isso. É bem parecido e bem diferente ao mesmo tempo, infelizmente não dá pra descrever. Eu aconselho que venham aqui pra conhecer!
A coisa mais dificil de achar foi o desodorante e paguei quase 40yuan em um Rexona. É caro quando comparado com outros produtos aqui (não faça conversões!), mas é um item indispensável (para os ocidentais)!
Tinha muita coisa importada e todas são bem mais caras: queijo, chocolate, molho de macarrão, algumas bolachas…
Na parte de carnes achei de tudo, inclusive peixes e tartarugas em aquários!

Comecei a ter aulas de mandarim!

Conheci uma chinesa formada em “ensinar chinês para estrangeiros”.
Tenho aula toda terça após o trabalho dentro de um KFC que fica no Carrefour daqui. Apesar de estranho é um bom lugar pra ter aula.
Dizem que estou pagando muito caro, 45 yuan por hora, mas gostei dela e acho que vou aprender muita coisa (eu espero).

Estou fazendo exercícios físicos!

Duas ou três vezes por semana acordo as 5:45 da manhã pra caminhar e correr das 6 às 7 ao redor do rio perto da minha casa.
Nunca fiz isso no Brasil, mas como eu não durmo tão bem aqui como eu dormia antes, resolvi fazer um exercício físico pra cansar o corpo. Me sinto bem melhor nos dias que me exercito.
Além de ser um horário bom porque o sol não está forte, de manhazinha muita gente sai pra fazer exercícios: uns fazem taichichuan, outros andam pra trás, outros ficam dando tapinhas no corpo, mas também tem aqueles que só caminham e correm. Porém, sou uma das poucas pessoas com roupa de ginástica e tênis. Muita gente usa roupas normais: calça social, camisa, sapato.

O resto continua do mesmo jeito, trabalhando, saindo com os gringos, descansando, vendo filmes, …

“Eu acordei,
pus o meu pijama,
fui pra minha cama,
e depois dormi.

Aí eu fui tomar café,
deitei na minha cama,
peguei o meu pijama,
eu fui logo pra cama ié ié
na cama com pijama…”

Quem lembra dessa música??É de um comercial antigo da Honda que eu adorava!! A música resume o meu final de semana, mas eu vou explicar melhor…

Eu tinha chegado de viagem na quinta-feira, e ainda tinha que trabalhar na sexta. Pensei comigo: “Só mais um dia… Como segunda é feriado por causa do Dia do Trabalho, você vai ter sábado, domingo e segunda pra descansar!” Tudo bem, conformei.

Sabe aquele dia que você não quer fazer nada?Então.
Até as meninas do trabalho disseram que conseguiam ver que eu estava bem cansada, mais calada e quieta. Só de vez em quando eu formava uma frase, conversava ou dava um sorrisinho amigável. Eu estava “desmotivada, sem vontade de cantar uma bela canção”. Mesmo assim elas me convenceram de ir fazer compras num shopping depois do trabalho, eu fui pra acompanhar, pra fazer alguma coisa diferente, pra mostrar como eu sou legal. Mas que ideia péssima foi essa: eu, cansada, com o sapato machucando o pé, em um shopping, acompanhando alguem fazer compras. Isso não daria certo nem nos meus melhores dias! Depois de 2 longas horas, avisei que era melhor eu ir embora e elas concordaram! Peguei um taxi e fui pra casa.

Eu até rejeitei um convite de casamento (como convidada :D). Era uma ótima oportunidade de conhecer como são os casamentos por aqui, mas eu não queria nem saber! Queria passar o final de semana em casa, sozinha, vendo filme, dormindo, acordando, comendo. Não queria nem ouvir falar em viajar! Eu precisava de uma pausa. Precisava respirar.

E foi assim que passei o final de semana e feriado: descansando, dormindo e acordando quando me dava vontade, vendo filme, fazendo caminhadas, compras, ‘cozinhando’ e indo ao supermercado.

Aliás, eu me divirto muito quando vou ao supermercado sozinha. Olho todas as prateleiras e fico tentando descobrir o que é cada coisa. Aqui tem pacotinho de ovo em conserva, carne empacotada como se fosse bala, e outras coisas estranhas que ainda não descobri o que é. Até hoje não descobri qual é o shampoo e qual é o condicionador na prateleira. E meu corredor favorito é o das bolachas, pães, balas e cafés. Toda vez que vou lá compro um tipo de bolacha diferente, tem umas boas e outras ruins. Já comprei iogurte pensando que era sorvete, bolacha de café achando que era de chocolate e bolacha salgada achando que era doce. Tá vendo, é um desafio sempre.

As funcionárias do supermercado que tem perto da minha casa sempre ficam me observando, conversando entre elas e rindo. Aí de vez em quando elas soltam alguma palavra em inglês e eu sei que estão falando de mim. Uma delas já veio falar comigo em chinês, deve ter perguntado se eu falo mandarim, mas como não entendi nada fiquei olhando com cara de desentendida, dei um sorriso e continuei a fazer o que estava fazendo. Aposto que ela percebeu que eu não entendo nada! Já falei que sou brasileira nesse lugar, foi a única coisa que eles entenderam do meu vasto conhecimento em mandarim, e agora que eles já me localizaram no mapa, fico curiosa pra saber o que eles sabem do Brasil e como eles me esteriotipam.

Vi 3 filmes durante os 3 dias (baixei da internet): Alice no País das Maravilhas, A Fantástica Fábrica de Chocolates e Réquiem para um Sonho. Só depois que percebi que os dois primeiros filmes tem algumas coisas em comum: o diretor é o Tim Burton, um dos atores principais é o Johnny Depp e o chapéu dos personagens é o mesmo. O terceiro filme também fala de pessoas doidas e sonhos fantásticos, mas é um pouco diferente.

Nesse final de semana eu dormia cedo e acordava mais cedo ainda (6horas da manhã), assim tive tempo até de dar faxina no quarto e no banheiro (como vocês sabem, as coisas aqui não são muito limpas igual no Brasil). Também sai pra andar no sol, sem blusa de frio! Ah, que ótimo!!! Aqui já tá fazendo calor e acho que o verão vai ser bem quente e seco, o que não é tão ótimo assim…

O resto do tempo eu passei dormindo, descansando, vendo TV ou comendo.
Porque viajar e conhecer outros lugares é excelente, mas respirar é preciso!

Faz mais de um mês que estou aqui na China e sinto que já posso voltar dizendo que valeu a pena a viagem.
Aprendi muito, conheci pessoas, lugares novos, costumes diferentes.

E era exatamente isso que eu buscava quando sai do Brasil: o diferente, o desconhecido, o desconforto, o desafio.

Mas o problema de ser curiosa e sempre procurar conhecer coisas novas, é nunca estar completamente satisfeita.
Buscar o que não está ao meu alcance me desafia e me satisfaz, mas depois de um tempo eu acostumo, canso e vou em busca do novo, de novo!

Quanto maior a distância, mais as coisas são bonitas e atraentes: antes era a China, agora é o Brasil. A distância sabe aproximar.

Por isso, no meu aniversário de 33 dias de China, escolhi a música abaixo pra cantar!

40 Dias no Espaço – Leoni

Até ontem tudo estava aqui
Casa, sol, felicidade e nós
Mas aconteceu e eu nem percebi
Quando tudo se perdeu de mim

Quadros, móveis a televisão, nossas fotos, seu amor por mim
Devem estar aqui n’outra dimensão,
As coisas somem sem explicação

Se tudo passa depressa
Só o que é novo interessa

40 dias no espaço, em algum planeta deserto,
Talvez de lá eu consiga voltar a ver o que eu não vejo de perto.

Só enxergo o que eu não posso ter, mas se qualquer dia eu conseguir,
Vai perder a cor, desaparecer, como tudo que me fez feliz

A beleza explode ao meu redor, um milagre novo por segundo,
Facas e maçãs, luzes sobre nós e os detalhes que revelam o mundo

Mas tudo passa depressa
Só o que é novo interessa

40 dias no espaço, em algum planeta deserto,
Talvez de lá eu consiga voltar a ver o que eu não vejo de perto.

“So take this moment Mary Jane and be selfish, Worry not about the cars that go by, All that matters Mary Jane is your freedom, So keep warm my dear, keep dry” – Mary Jane (Alanis Morissette)

Em Nanjing a Sophie pegou um trem e foi pra casa dela, no norte da China porque o avô dela está muito doente. Provalvemente ela vai voltar nesta semana. E isso quer dizer que estou sozinha! Oba!
Não que eu não goste da companhia das pessoas aqui, mas as vezes eu gosto de ficar sozinha, livre pra fazer o que vier a cabeça.

Enfim, acordei sábado cedo (7 horas) e fui comer o que eu queria. Entrei na internet, visitei o que eu queria. Tomei banho e demorei o tempo que eu quis. Coloquei as músicas que eu queria escutar. Vi o sol que tava fazendo lá fora e decidi o que eu queria fazer: sair de casa andando sem destino!

O sol de sábado!

E você pergunta: “Mas você não deu nem uma olhadinha em algum mapa pra saber o rumo que ia?”
Eu respondo: Não! Nada.

Saí de casa e do ‘condomínio’ e decidi: esquerda.

Mas determinei algumas regras no caminho:
– ir pra algum lugar cheio de gente;
– encontrar algum lugar pra comer na rua (saí com um pouco de fome e não levei nada na bolsa);
– não comer em lugares do tipo McDonalds ou KFC;
– não me perder;

Fui no rumo de um rio que eu sabia que passava por ali e fui caminhando do lado do rio. De longe vi uma roda-gigante no meio da cidade e decidi que queria ir pra lá.
Fui andando no rumo dela, até que achei o lugar que conseguia entrar no parque. Era um parque de diversões, cheio de pais e crianças, namorados, brinquedos, árvores e balões. Tinha até um lugar só pra soltar pipa, lindo mesmo! O parque era bem grande, diferente dos parques que conheço no Brasil.

Rio...

Caminho

O rio...

Hefei

A roda gigante...

Avenida

Parque

Parque de Diversões

Parque

Pipas

Excelente! Fui andando até o outro lado, pra sair dali porque não tinha nada pra comer e eu não ia brincar em nenhum brinquedo.
Achei a saída e decidi: direita.

Fui andando sem saber pra onde eu tava indo e o que eu poderia encontrar. Mas fui andando e seguindo o fluxo de pessoas, quanto mais gente, melhor.

Seguindo o fluxo

De repente vejo uma rua mais estreita a minha esquerda, cheia de lojinhas, parecida com a 25 de Março de São Paulo (mais arrumadinha e menos fedida), tinha loja de roupa, sapato, comida, objeto de decoração, cosméticos. Fiquei feliz, estava no lugar certo (mesmo sem saber onde eu tava). Comprei um iogurte e entrei numa loja de coisinhas (relógios, canecas, chaveiro, blocos de papel, e outras coisas que não identifiquei). Comprei aqueles blocos de papel em forma de maça e pêra por 4 yuan cada um (R$1,03)!! Isso vocês podem pedir pra eu comprar!!
Aqui eles: http://acheiinteressante.wordpress.com/2009/07/22/bloco-de-papel/

A 25 de Março chinesa, hehehe!!

A ruazinha...

Depois continuei andando e fui parar na parte das comidas, era a praça de alimentação do lugar. Muita gente comendo nas mesinhas, do lado das panelas que faziam as comidas. Muita gente vendendo muita coisa de comer: almoço, verduras, frutas, pães, doces… Antes de almoçar ali, fui conhecer o mercado que ficava do lado: vários tipos de frutas e verduras, peixes vivos nas bacias, frutos do mar, galinhas e patos vivos dentro de gaiolas, sapos e tartarugas também vivos! Tudo pra ser vendido, num chão sujo e com aquele cheiro bommm de mercado.

Voltei pra almoçar no lugar mais fácil de pedir minha comida. Era tipo um self-service ao ar livre, mas quem colocava a comida era a moça, eu só apontava as coisas que eu queria. Paguei 6 yuan (R$1,55). Fui sentar dentro do lugar que servia a comida onde tinha várias mesas e várias pessoas comendo.

Almoço

Consegui! Eu estava num lugar cheio de gente, comendo o que eu queria, almoçando como os chineses.

Pensei em comer um sorvete de sobremesa, mas vi uma moça vendendo várias coisas doces e resolvi comprar um pouco de cada pra experimentar. Achei quer era bolacha com recheio de doce de leite, enroladinho de chocolate, biscoitinhos de leite com açúcar e outro tipo de bolacha recheada e doce. Tudo errado. Era tudo ruim. Nada tinha chocolate ou doce de leite!

A sobremesa enganosa

Já tava cansada e ainda tinha que voltar, no sol! Voltei pelo mesmo caminho, pra não me perder. Mas como estava tudo muito fácil resolvi mudar o trajeto no final do caminho e depois de andar em uma rua desconhecida, saí na avenida que ando todos os dias pra ir e voltar do trabalho. Bingo! Tudo certo!! É claro que eu tinha mais ou menos noção de onde eu estava, mas não tinha certeza de nada.

Nesta avenida resolvi entrar num mini-mercado pra tentar achar café! Achei uma caixa com vários sachês que eu já experimentei e achei bem gostoso. Parece mais capuccino do que café de verdade, mas tá ótimo! É o que tem!

Voltei pra casa feliz pelo dia que eu fiz, por estar sozinha e me dar ao luxo de satisfazer só os meus desejos.
Quem foi que disse que não dá pra ser feliz sozinha?

Egoísta, eu sei, mas me fez bem. Quem vai brigar comigo?

Tirei fotos do caminho que faço desde a minha casa até o escritório!
Assim vocês vão conhecer um pouco do caminho que faço todos os dias (úteis) da semana!

Temos 2 portas no nosso apartamento (todos no prédio também tem), uma é de ferro e a outra de madeira. Dizem que é pra ter mais segurança, mas já disseram que aqui é super seguro. Não entendi!

A escada e as paredes do prédio são todas assim, cheias de telefones de chaveiros. Parece que muitas pessoas já ficaram sem chave pra abrir a porta.

Essa coisa de ferro meio enferrujada é a porta do prédio, que fica sempre aberta. Sim, é bem feinho. Mas depois da parte feia, vem uma praça super bonitinha e foi aí que vi velhinhas praticando taichichuan (com uma espada) de manhã.

Depois vem uma rua com várias pessoas vendendo coisas de comer, um mercadinho, uma pequena feira (com legumes, frutas, tofu…), um mini-hospital, um banheiro público e sempre tem gente na rua.

Aí chego na avenida que fica o prédio do escritório. São uns 25 minutos de caminhada em linha reta.

Tenho que atravessar um cruzamento que é uma loucura. Não entendo como não vi nenhum acidente ainda. São avenidas largas com carros, motos, bicicletas e pessoas por todos os lados. E claro, muitaaa buzina durante todo o caminho! O perigo aqui é ser atropelada!

O prédio tem vários escritórios de diversas empresas diferentes. Nosso escritório tem 3 salas, e eu fico naquele computador ligado (foto!).

A vista do escritório é linda, mas nem sempre a persiana fica aberta por causa do reflexo nos computadores. Aqueles prédios todos iguais são um condomínio fechado, o que significa que não posso ir naquele lago do centro!

Pronto, agora vocês já sabem de grande parte do meu dia-a-dia! E ele tem partes bonitas e partes feias. E são elas que deixam a China mais interessante ainda! Assim como diz o texto abaixo sobre as cidades e as pessoas.

“Falhas (Martha Medeiros)

Uma das coisas que fascinam na cidade de San Francisco é ela estar localizada sobra a falha de San Andréas, que é um desnível no terreno que provoca pequenos abalos sísmicos de vez em quando e grande terremotos de tempos em tempos. Você esta muy faceira caminhado pela cidade, apreciando a arquitetura vitoriana, a baía, a Golden Gate, e de uma hora para a outra pode perder o chão, ver tudo sair do lugar, ficar tontinho, tontinho. É pouco provável que vá acontecer justo quando você estiver lá, mas existe a possibilidade, e isso amedronta, mas ao mesmo tempo excita, vai dizer que não?
Assim são também as pessoas interessantes: têm falhas. Pessoas perfeitas são como Viena, uma cidade linda, limpa, sem fraturas geológicas, onde tudo funciona e você quase morre de tédio.
Pessoas, como cidades, não precisam ser excessivamente bonitas. É fundamental que tenham sinais de expressão no rosto, um nariz com personalidade, um vinco na testa que as caracterize.
Pessoas, como cidades, precisam ser limpas, mas não a ponto de não possuírem máculas. É preciso suar na hora do cansaço, é preciso ter um cheiro próprio, uma camiseta velha pra dormir, um jeans quase transparente de tanto que foi usado, um batom que escapou dos lábios depois de um beijo, um rímel que borrou um pouquinho quando você chorou.
Pessoas, como cidades, têm que funcionar, mas não podem ser previsíveis. De vez em quando, sem não abusar muito da licença, devem ser insensatas, ligeiramente passionais, demonstrar um certo desatino, ir contra alguns prognósticos, cometer erros de julgamento e pedir desculpas depois, pedir desculpas sempre, pra poder ter crédito e errar outra vez.
Pessoas, como cidades, devem dar vontade de visitar, devem satisfazer nossa necessidade de viver momentos sublimes, devem ser calorosas, ser generosas e abrir suas portas, devem nos fazer querer voltar, porem não devem nos deixar 100% seguros, nunca. Uma pequena dose de apreensão e cuidado devem provocar, nunca devem deixar os outros esquecerem que pessoas, assim como cidades, têm rachaduras internas, portanto, podem surpreender.
Falhas. Agradeça as suas, que é o que humaniza você, e nos fascina.”

Domingo, dia 04, saimos pra nos divertir!

Fomos em um karaoke, às 13 horas! Apesar de achar estranho ir pra lá logo depois do almoço, achei o lugar bem legal e diferente! O lugar tem várias salas separadas, com televisão, sofá, computador pra escolher as músicas e alguns instrumentos musicais. Fomos em uma turma de 7 pessoas (eu e mais 6 chineses – 5 deles trabalham comigo).

Sala do Karaokê

A Tv no karaokê

Eu, Sophie e o namorado dela

Eu e o Jones. Ele trabalha comigo.

Eu e o Jack, também da empresa.

Eu e a Joy!

Não tinha muitas músicas em inglês, mas me diverti com Beatles, Bon Jovi, Lady Gaga, Coldplay, Backstreet Boys e Westlife (aqui eles adoram Westlife! Alguém sabe se essa bandinha ainda existe?)

Escolhendo as músicas...

Cantei um pouco e o resto do tempo fiquei escutando eles cantarem em chinês.
Eu queria colocar o vídeo que gravei deles cantando, mas não consegui baixar. Achei esse vídeo no youtube que é igualzinho!! É uma música que eu gostei muito, mas não consigo cantar!!

Se você não gostou muito da música porque achou ela lentinha demais, saiba que 90% das músicas que eles cantaram eram nesse ritmo. A diversidade musical aqui também é rara!

Depois de 5 horas ouvindo músicas, fomos conhecer a Universidade de Anhui que era ali perto.
Na rua da universidade é cheiooo de ‘barraquinhas’ de chineses vendendo comida. Parecido com os hot-dogs que ficam na frente das universidades no Brasil, só que mais estruturado. O cheiro de comida do lugar é delicioso. E como meus amigos sempre querem me apresentar novas comidas, tive que experimentar várias…
Amigo1: Você tá com fome?
Gabi: Não muito, comi muito no almoço.
Amigo1: Tudo bem. Vamos caminhar perto da universidade pra você conhecer e se quiser, tem várias opções de comida por lá.
Gabi: OK!
…….
Amigo 1: Hum, olha isso. Você nunca comeu, tem que experimentar!
Gabi sendo simpática: OK! (Era um tipo de wrap)
Amigo 2: Olha isso, comprei esse espetinho de coração pra você experimentar!
Gabi sendo simpática: OK! Muito obrigada!
(Nesse momento eu estava com um sanduíche na mão, um espetinho na outra e sem fome.
Comi dois corações e passei o espeto pra outra pessoa.)
Amigo3: Ah, olha isso, ela tem que experimentar também. Vou comprar. (Outro tipo de sanduíche, feito com um tipo de pão sírio)
Gabi começando a ficar irritada: Tudo bem, mas não vou comer esse outro inteiro. Como até a metade e vocês comem o resto.
Amigo 4: Eu queria jantar, vamos naquele restaurantezinho ali?
Todo mundo, menos eu: OK! Vamos!!

Lá no restaurantezinho, além de ficarem insistindo pra eu compartilhar da comida (ai credo, eu tava muito cheia e ainda tive que comer mais), começaram a me dar aula de mandarim. Agora eu tinha mais professores, que legal!! 😦
Tive aula o tempo todo que ficamos no restaurante, até que eu comecei a demonstrar minha irritação.

Se essas aulas continuarem a acontecer com muita frequência, tenho medo de começar a ser sem educação. Mas vou tentar me controlar pra que isso não aconteça!

Foi assim que eu passei o último domingo, com todo mundo querendo me agradar. E eu, ingrata, não tava gostando muito!

Meu horário de trabalho termina as 17:30, mas desde quando comecei, nunca sai da empresa antes das 19:00.
Isso não quer dizer que eu fiquei trabalhando o tempo todo, mas sim que sempre esperei a Sophie terminar o que ela tinha pra fazer (e ela sempre tem muita coisa pra fazer!).

Isso significa que de segunda a sexta, nossa vida se resume em: acordar-trabalhar-almoçar-trabalhar-jantar-dormir e a libertação vem nos finais de semana.
A sexta-feira a noite tem sempre mais entusiasmo, mesmo que a gente faça a mesma coisa dos outros dias: jantar e dormir.

Nos finais de semana é que posso dormir até mais tarde, ler meus livros, resolver meus problemas de cartão de crédito, conhecer o centro da cidade, ver mais chineses, andar de ônibus, ir nas lojinhas pra comprar guloseimas, ou ir no supermercado comprar frutas. Nos finais de semana é que experimento pratos diferentes, que limpo a casa, que lavo minhas roupas, que posso comprar o que quero, e posso ir no Karaoke. Nos finais de semana que sinto mais saudades, lembro mais e sinto falta.

Estou lendo dois livros: “Montanha-Russa” (Martha Medeiros) e “Cem Dias entre Céu e Mar” (Amyr Klink), adoro os dois e economizo leitura só pra poder ler o livro por mais tempo. Se eles acabarem, ainda tenho “O homem duplicado” (José Saramago). Mas quando todos acabarem, não poderei comprar livros em português aqui.

Trouxe dois cartões pra China, um cartão de crédito e outro que só posso usar como débito ou saque. Ainda não consegui usar nenhum dos dois. O cartão de crédito porque a moça disse que não era um cartão da china, e como eles estavam com medo de não receber do banco, nem tentaram passar o cartão. Sem comentários!
O outro cartão estava expirado no sistema do banco e até hoje estou esperando outro cartão chegar aqui pra resolver meus problemas financeiros.

Fui no centro da cidade aqui em Hefei. Muita gente andando na rua, muita buzina de carros e motos, muitas lojinhas e um shopping com vários produtos de marcas multinacionais. As marcas que as vezes me deixam feliz por me situarem na China, não são interessantes nos shoppings, porque tudo é do mesmo jeito que é no Brasil (e provavelmente no resto do mundo). É por isso que não vejo graça nesses lugares, por mais que eles mudem, eles continuam exatamente iguais!

Centro da cidade

O centro da cidade parece mais globalizado que meu bairro. Mas mesmo tendo um restaurante da Pizza Hut ali perto, preferimos ir comer em um restaurante Coreano. Ainda bem! E depois, de sobremesa, comi ursinhos de gelatina (Tati, aqui também tem!!)

A noite na China me encanta! Os prédios iluminados faz com que eu me sinta dentro de um video game ou filme ou alguma coisa fora da realidade. Por que não fazem isso no Brasil também?

Luzes no centro de Hefei

Fui visitar uma academia de ginástica aqui também. Tudo igual, mas além da parte de musculação, tinha uma sala com mesa de ping-pong e outra de sinuca. Preferimos a sinuca (dos males o menor).

Escrevo hoje do meu novo computador! Que felicidade! Ainda mais porque o namorado da Sophie conseguiu colocar todo o sistema em português (porque vem tudo em chinês) e se não fosse ele eu provavelmente não teria comprado. Agora temos um roteador também, assim posso usar a internet do meu quarto a hora que eu quiser. O notebook saiu bem mais barato que no Brasil, mas já avisei que não pego encomendas, né?

Mini Shopping onde comprei meu computador!!

E saiu mais barato porque “comprar” aqui é diferente que “comprar” no Brasil. Primeiro a gente pesquisou na internet os preços, depois fomos paro o mini-shopping (que só vende eletrônicos) para ver os computadores, pesquisamos preços e modelos por lá, fomos pra casa, voltamos no outro dia com a decisão tomada, negociamos em um lugar, negociamos no concorrente, pechinchamos e finalmente compramos. O preço final foi bem mais barato, e ainda ganhei mouse e uma pasta pra colocar o notebook! Excelente! Graças aos meus amigos chineses!

Aqui não tem Páscoa (eles não sabiam o que era isso, nem porque comemoramos), a maioria das pessoas é Budista e isso muda muita coisa relacionado a forma de pensar e cultura das pessoas. Ainda não tenho informações suficientes para escrever sobre isso.

Mesmo não tendo Páscoa aqui, a Sophie comprou um pacotinho de chocolate e me deu! Achei lindo, fiquei super feliz! Porque é ruim passar datas comemorativas longe da família, mesmo que não tenha nada de muito especial nisso.

Chocolate na Páscoa! Até aqui na China...

Feliz Páscoa pra todo mundo!

Quem?

Gabriela M. Brito

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Frases

“Duas estradas separavam-se em uma floresta, e eu / Eu escolhi a menos percorrida, / E isto fez toda a diferença”. Robert Frost

"Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver.” Amyr Klink

"Os navios estão a salvo nos portos, mas não foi para ficar ancorados que eles foram criados." Grace Murray Hopper

"A Felicidade só é verdadeira quando é compartilhada." Christopher J. McCandless.

"Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a colher aquilo que plantamos." Provérbio chinês

"Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças." Charles Darwin

MiSofia.com.br

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